Pesquisar neste blogue

2010-05-27

Winkler+Noah

Inaugurou em Milão exposição "Les Femmes Hèrètiques" dos fotógrafos italianos Winkler e Noah critica os aspectos mais obscuros da religião e da sociedade contemporânea através de fotografias que mostram os corpos esbeltos, atléticos e praticamente nus de mulheres crucificadas.

Estão disponíveis algumas das fotografias da exposição no site do La Repubblica

O site dos fotógrafos

2010-05-25

Javier Marías: Selvagens e Sentimentais

Neste livro fala-se de jogadores e de adeptos, treinadores e presidentes, derrotas e triunfos, emoção e vergonha. Mas também do carácter cinematográfico deste desporto, da memória cuidadosa e do esquecimento rápido, do patriotismo, da celebração dos golos, dos hinos, dos gestos carregados de significado. E vemos o futebol como seguramente é, no fundo, para milhões de adeptos, um interminável desfile de heróis, vilões e figurantes, um espectáculo que mereça talvez ser levado a sério.

2010-05-24

Ultimate Lost Series Finale Playlist

Um exercício interessante para celebrar o final da série que inclui:

"Lost" - Coldplay
"Island in the Sun" - Weezer
"Smoke on the Water" - Deep Purple
"Captain Jack" - Billy Joel
"Tom Sawyer" - Rush
"Kate" - Ben Folds Five
"Love Lockdown" - Kanye West
"Penny Lane" - The Beatles
"Make Your Own Kind of Music" - Mama Cass
"Torture" - The Jacksons
"House of the Rising Sun" - The Animals
"Forever Young" - Alphaville
"Have You Seen My Baby" - Ringo Starr
"He Ain’t Heavy, He’s My Brother" - The Hollies
"You All Everybody" - Driveshaft
"While You Wait For The Others" - Grizzly Bear
"Back in Time" - Huey Lewis and The News
"Linus and Lucy" - Peanuts theme
"Back to the Island" - Leon Russell
"Eternal Flame" - The Bangles

Ver aqui, o porquê das escolhas

I'll Never Be Lost Again

Tributo à série Lost.

The Tallest Man On Earth

Roque Dalton (El Salvador, 1935-1975)

Roque Dalton, o filho do gringo e da enfermeira, Leitor voraz, amigo de Juan Gelman e de tantos outros. Viajanete impenitente. Conheceu a União Soviética, Checoslováquia, México e até a Coreia (a do Norte).
Roque Dalton, bisneto de um daqueles inolvidáveis bandidos, os irmãos Dalton, sempre fugindo da polícia, como eles, deu com os ossos na cadeia e foi condenado à morte. Em 1960, um dia antes de ser fusilado, o golpe de estado que derruba o ditador José Maria Lemus, devolve-o à rua. Em 1965, poucos dias antes da sua execução, um terramoto derrubou as paredes da sua cela e depois de fugir misturou-se com uma procissão que passava por perto. Um homem tocado pela sorte, que afinal não foi assim tanto.
Roque Dalton, espião da CIA, como disseram. Ele que foi traído pelos seu companheiros do ERP que o achavam vendido aos americanos, um esbirro da contra-revolução. Um homem que morreu por uma mentira e um grande poeta, que é preciso ler.
Roque Dalton foi executado em El Salvador há 35 anos atrás em 10 de Maio de 1975

Dolor Antiguo

Sólo has visto dolor en tu llegada.

Dolor en los cañales explotados
sobre el dolor de tus hermanos;
dolor en las palabras en secreto,
dolor
en las lagunas y los pájaros;
dolor en la palabra incomprensible del caporal estraño,
dolor en sus patadas, en sus insultos, en sus manos ladronas.

Dolor en las mujeres y las piedras,
dolor en el crepúsculo, en el sol calcinante,
en la ficticia aurora cotidiana;
dolor en cada metro de nagüilla, en cada tecomate,
en cada par de caites abrumados;
dolor en cada rostro, en cada nueva música,
en cada cordillera de sucesos;
dolor entronizado en las aradas, en las milpas ajenas,
en los candentes pechos de tu pueblo
y en los ojos con lágrimas mirando
sus solitarias manos.

2010-05-23

Rui Zink

O número 34 de transcript (Science Fiction and Political Fantasy), está já disponível online com um texto de Rui Zink traduzido por Margaret Jull Costa.

Ian McEwan

Num artigo de Lorna Bradbury no The Telegraph, Ian McEwan explica porque é que o seu último romance "Solar" foi rejeitado pelo establishment literário americano.

Ali Farka Touré e Toumani Diabaté: Ali & Toumani


Foi a sua segunda obra em comum, a que ficará como o derradeiro testemunho discográfico, simbolo de um diálogo norte-sul entre estes dois enormes músicos do Mali. Antes de morrer o guitarrista Ali Farka Touré gravava Ali & Toumani com o seu amigo Toumani Diabaté, emblemático instrumentista de kora, com a participação do contrabaixista cubano Cachaito Lopez.

Pele

Em 1929 um coleccionador comprou um lote de mais 300 exemplares de pele tatuada datadas de 1850, proveniente das prisões de Paris.
Hoje esta colecção faz parte do espólio da Wellcome Collection e pode ser vista a partir de Junho numa exposição inteiramente dedicada à pele, Skin.
Para Michel Tournier, autor se Sexta-Feira ou os Limbos do Pacífico a vida interior pouco interessa... Ler

Norman Mailer

...era um homem carismático mas com defeitos... Ler

Sérgio Pitol

Soy hijo de todo lo visto y lo soñado, de lo que amo y aborrezco, pero aún más ampliamente de la lectura, desde la más prestigiosa a la casi deleznable.
Sérgio Pitol em entrevista ao La Jornada

Alpha Yaya Diallo - The Message



Nascido na Guiné-Conacri, Diallo, desde muito novo, trás na sua guitarra os sons tradicionais do seu povo. Aos onze anos a mão ofereceu-lhe a guitarra em que aprendeu a tocar enquanto acompanhava o pai, um médico que se deslocava permanentemente pelo país. Este facto permitiu-lhe conhecer o makenke, o souso e o fula, as línguas das principais etnias da Guiné.
Enquanto frequentava a universidade, liderou o grupo "Sons of Rais", com quem percorreu toda a África ocidental. Ao concluir os seu estudos, Diallo actuou com alguns grupos locais, Love System, Kaloum Star, Bembeya Jazz y Sorsornet Rhythm.
Já na Europa, foi convidado a juntar-se ao Fatala. Com eles actuou nos príncipais festivais do velho mundo. Quando atravessou o Atlântico, depois de ter participado em diversos festivais de folk e jazz, Diallo apaixona-se pelo Canadá, a ponto de fixar a sua residência em Vancouver. Neste país alterna a sua carreira a solo com o grupo multi-cultural Bafing, criado por ele.
Na música de Alpha Yaya Diallo refletem-se os sons clássicos dos seus antepassados, mas sem deixar de lado a evolução e as fusões que foram ocorrendo na música africana: os rítmos cubanos que regressaram à África ocidental, os sons caboverdianos que Diallo escutava em pequeno e a influência do país onde vive.
A suas canções falam da situação socio-política do seu país, da sua condição de emigrante, de viagens e de aventuras.

Livro do Desassossego

Nicholas Lezard escreve sobre a nova edição em inglês do Livro do Desassossego de Fernando Pessoa.
There will never be a definitive edition of The Book of Disquiet, however hard anyone tries. Apart from a few fragments he suffered to be published in his lifetime, Pessoa's greatest work took the form of 350 fragments shoved into an envelope found in a trunk after his death. (The trunk also contained another 25,000 pieces, 150 of which literary scholars have tacked on for some editions.) The best English-language version is translated by Richard Zenith and published by Penguin, but that comes in at more than 500 pages. This one publishes 259 of the fragments and is much more wieldy; a pocket edition rather than a bedside one.
You may want to get the Zenith as well, for Pessoa speaks to insomniacs, being one himself; but this edition is a very good book to keep by your side during those encounters with the mundane that can vex the sensitive soul. For it is all about the mundane: the reactions of a sensibility who walks through early 20th-century Lisbon, looking at pedestrians, co-workers, grocers, the seasons, the times of day, unsure, in a kind of existential insomnia, whether he is dreaming or not, whether he exists or not. And alongside the shimmering "reality" runs the flickering existence of the author himself, who is not only the man named on the title page, but one of the 70-odd "heteronyms" he invented for himself: in this case one Bernardo Soares, an insignificant clerk working for the firm run by the charming, avuncular Senhor Vasques. "Senhor Vasques. I remember him now as I will in the future for the nostalgia I know I will feel for him then. I'll be living quietly in a little house somewhere in the suburbs, enjoying a peaceful existence not writing the book I'm not writing now and, so as to continue not doing so, I will come up with different excuses from the ones I use now to avoid actually confronting myself."
Retirado daqui

Iggy Pop

O El País numa entrevista a Iggy Pop, o Circo Punk Sexagenário.

EP3. ¿Queda espacio hoy para ser salvaje en la música?
I. P. No, porque el sistema retributivo es diferente, está más monitorizado. Hoy tiene más sentido que una persona joven con talento intente encajar: te pagan rápido. Hay estetas ahí fuera, gente muy buena que piensa las cosas: los Strokes, Jack White?Su trabajo está muy cuidado, tiene buen feel, pero no es salvaje.

Conta-me Histórias

Ao contar histórias a crianças, Germaine Greer sente que está a fazer algo tão velho como a humanidade, algo que as mulheres - mães, avós, enfermeiras, escravas... - sempre fizeram
Clique para ler o artigo

2010-05-13

Sugestão

Nu Soul Family - Never too Late to Dance

Virgul (Da Weasel) e Dino (Expensive Soul) são a cara dos Nu Soul Family. Never too Late to Dance é o nome do álbum de estreia deste colectivo, que se completa com DJ Alan Gul e Bassman. A música de dança conhece, através dos Nu Soul Family, uma versão eclética entre momentos mais pop, house e disco.

2010-05-09

The Cove



Há mais de um ano que o documentário The Cove arranca lágrimas e aplausos em cada festival em que passa. Começou a sua carreira no Festival de Sundance em que arrecadou o prémio do público até que um ano depois ganhou o Óscar para o melhor documentário.

Realizado com a estrutura narrativa de um triller, The Cove é uma denúncia que pôs o dedo numa ferida até agora desconhecida: a matança anual de golfinhos na costa de Taiji, no Japão, onde milhares de animais são mortos longe da vista do público numa baía escondida defendida com unhas e dentes que tornaram a vida impossível à equipa de rodagem de The Cove.
A maioria dos golfinhos acabam no prato dos japoneses apesar dos níveis de mercúrio toxicos que a sua carne contém, se bem que a matança também é controlada por uma outra indústria que também gera milhões: os melhores exemplares são capturados vivos para serem vendidos a aquários de todo o mundo.

Curiosamente, foi o mais famoso treinador de golfinhos, Ric O'Barry, que criou nos anos 60 a série Flipper, quem deu ao realizador de The Cove, o fotógrafo e activista Louie Psihoyos, a ideia de filmar um documentário sobre o tema.