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2010-03-11

As Regras de Moscovo, Daniel Silva


Os thrillers de espionagem de Daniel Silva têm sempre rebuscadas reviravoltas na história com terroristas, bombistas e caos mundial.
Mas a verdadeira razão para os livros de Daniel Silva terem sempre tanta aceitação do público, e um lugar seguro nos tops, é a sua capacidade de atribuir uma face humana a temas grandiosos.
Isto é especialmente verdadeiro no 11.º livro de Daniel Silva, As Regras de Moscovo. Todos estes problemas a nível mundial se centram numa mulher, casada com um monstro, que tenta apenas fazer o que está certo para o seu país e proteger os seus filhos, uma jornalista que tenta fazer o seu trabalho e mostrar ao mundo as injustiças que vê, e, sobretudo, Gabriel Allon, um restaurador de arte com uma vida secreta como agente dos serviços secretos israelitas e o motor da série de Daniel Silva. A vida dupla de Allon leva-o a Moscovo onde o novo capitalismo, o petróleo e os novos poderes criaram uma nova dinâmica.
Mas esta nova visão tem um lado negro, uma nova geração de estalinistas pronta para mostrar ao mundo o seu poder.
Aos olhos de todos o antigo coronel do KGB Ivan Kharkov representa a nova Rússia, tendo acumulado uma enorme fortuna através dos seus investimentos globais. Mas Kharkov é também um traficante de armas e é desta actividade que vem a sua real fortuna e Allon faz sua a missão de parar Kharkov.
“As Regras de Moscovo”, tal como o resto da série Allon, torna-se agradável ao leitor principalmente por duas razões: o complicado e quase demasiado humano Allon, cuja mente brilhante aparece esporadicamente à superfície, e os complexos meandros da espionagem, nunca vistos desde que o George Smiley de John Le Carré pendurou a gabardine.

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